paz acesa de felicidade tardia
e rascunho mais que mal feito
de um corpo de esquecimentos
repleto agora de futuro-mais-que-presente
morte matada do pretérito-mais-que-perfeito
onde ninguém fizera mais nada
e o passado do passado jaz em silêncio
mudo
torto
só.
o Corcovado me acorda pro mar
e minh'alma vadia esconde-se em território inimigo
no meio do meu mundo de sal e areia
no meio do meu corpo sem pele
- sou só carne e alma -
dentro de mim, dentro de nós
porque deixo-me fragmentada em ti
em aroma, sorriso e saliva
nesse querer mais que amar
nascido no desatino rosa-laranja da Guanabara
nesse sentir mais que pensar
meu silêncio verborrágico
dentro do teu gerúndio bonito
ditado em desejo e língua muda
- suavidade do modo infinito.
Um comentário:
uau... quanta poesia nesse desejo...
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