Uma transformação muda ronda o corpo. Esqueço-me do dia. Vejo olhos de cor difusa a invadir meus olhos - pensamento que quase se alcança com a ponta dos dedos e da língua. E quando a língua - a tua - me toca o ombro pela alça que cai ao ritmo do tango, entrego-me à estranheza da loucura - nossa. E minha nuca, minha espinha e meus pelos eletrificam-se. Sussurro teu nome, estranho, dentro de tua boca. De ti, sei apenas o nome. E a cor dos olhos. Embebeda-me a pele com o vinho dionísico, cuspindo-me verdades e desejos. E me descobre puta no espaço finito de minha boca. Carma circunscrito na carne. Enigma por baixo da pele. Entrelinhas. Pequenos vestígios.
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