Aprende meu silêncio em tua boca com os riscos feitos da ponta da língua, no sal da carne, no suor da noite,
do dia, madrugada insone. Revela meu silêncio de segredos contidos, de amor reprimido confesso, de violentas investidas e canalhices de alcova - curra consentida e doçuras milimetradas em dores de amar. Versos inacabados grafados em vermelho na pele. Esconderijo à luz do dia. Pulso elétrico - seio eletrificado. Falas, falo, vulva. Desmesuras de amor sem nome de amor, de amor não dito, de amor calado e sentido no meio da tarde - partida. Porque o corpo ainda grita uns assomos de rendição total, de desejo de retorno, permanência - moldura nova dessa nossa cena em movimento contínuo: idas, voltas, volta...
Volta.
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