EGO

"Eu não sou promíscua. Mas sou caleidoscópica: fascinam-me as minhas mutações faiscantes
que aqui caleidoscopicamente registro."

(Clarice Lispector)

domingo, 2 de março de 2008

não perecível...

A felicidade não é um bem perecível que está à disposição em prateleiras. Muito menos o amor. Não há rótulos estampados nos sentimentos estipulando prazo de validade. E se houvesse rótulos, deveria constar neles "validade indeterminada". Quem pode dizer quanto tempo dura um amor? Um dia, algumas semanas, meses, muitos anos, a vida inteira?
Sim, eu acredito no amor que dura a vida inteira. O amor livre, despido de obrigações, leve. O amor de mãos dadas. O amor que nasce impaciente na juventude e continua menino no avançar da idade. Por que não? Por que fadar o amor ao fim, ao fracasso, antes mesmo que ele surja? Amor que é sentido assim é amor natimorto. Não é amor. É ensaio. Apenas.
Mente quem diz que não se importa que seu amor acabe. Eu me importo. Eu não quero que acabe. Quero a felicidade risonha de andar de mãos dadas com o meu amor sempre. Quero tudo. A vida toda.
Se nós nos aturaremos por tanto tempo? Não sei. Mas eu desejo que seja assim, que dure até eu não poder mais respirar, e que sua boca sele o meu último sorriso.

2 comentários:

E agora José? disse...

Repito o que disse no meu blog, quem tem medo de ser feliz é quem estipula morte para a alegria. Seja eterno enquanto dure, e que dure para sempre, assim eu quero.

I'm Nina, Marie, etc... disse...

Que dure pra sempre, que ultrapasse os limites dos corpos...