O mundo parou.
Fez-se silêncio.
Nostalgia.
Memórias.
Os olhos de fundo de rio tornaram-se lava.
Queimaram de ódio, de mágoa, tristeza.
Queimaram de amor e partiram.
Partiram.
Drummond me perturba:
A festa acabou
a luz se apagou
o povo sumiu
a noite esfriou...
A noite esfriou.
A rádio toca a música da partida.
Música de amor, de amor triste.
Porque amor é triste.
Desespero.
Inundação.
Inundação de lágrimas, gozo, vinho.
Mais de lágrimas que de resto.
O mundo parou.
A sala ficou vazia.
Mas a vida continua do lado de fora.
Vou abrir a janela
e deixar o vento entrar.
5 comentários:
estamos todas tomadas de amor, tomadas pela paixão, quente , tinta e doce...
ai ai !
Nesse momento, Natália, o que me toma é a tristeza. E uma grande sensação de vazio...
O amor que nos preenche é o mesmo amor que nos deixa desertos, e nesse paradoxo... nós seres feitos de mel e pimenta, morremos...em pedaços, por isso dói...por isso dói baby! meus abraços e afagos á ti...
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