Artur da Távola disse que todo encontro carrega um desencontro. Sim. Faz sentido. Concordei.
Lendo o resto das crônicas daquele livro, percebi que meu querido cronista estava sendo contraditório, pois, em outro momento, quando fala sobre afinidade, afirma haver neste sentimento conectivo algo atemporal, uma ligação que escorre feito água pelos dedos de Cronos.
"A afinidade não é o mais brilhante mas é o mais sutil, delicado e penetrante dos sentimentos. O mais independente, também.
Não importa o tempo, a ausência, os adiamentos, as distâncias, as impossibilidades. Quando há afinidade, qualquer reencontro retoma a relação, o diálogo, a conversa, o afeto, no exato ponto em que foi interrompido.
Afinidade é não haver tempo mediando a vida. É uma vitória do adivinhado sobre o real.[...]
Então cheguei à conclusão do seguinte: da mesma forma que cada encontro já vem carregado de um pouco da tristeza do desencontro, cada desencontro traz a esperança da alegria do reencontro - o inextinguível ciclo das coisas.
3 comentários:
mande noticias do mundo de lá , diz quem fica...me dê um abraço , venha me apertar tou chegandooo
sim... ele tem razão, a afinidade é atemporal... que bom, pelo menos existe em nossas vidas algo que resiste ao tempo...
Se em todo encontro há o desencontro, então esperemos que haja afinidade; senão houver, o tempo vai ganhar.
Afinidade é o que há.
O grande problema, na maioria das vezes, é que o tempo é um grande canalha...
Postar um comentário