Teu punho feroz
oferece-me sonhos
e desvirtudes
tuas veias
- loucas -
devoram pensares
que tua boca esquece
porque tua boca saliva
tua boca não pensa
- por que pensaria a boca?
teu corpo grita silêncios
me ensurdece com a imagem
- esboço de teus segredos de homem -
tu me contas desejos
com o corpo
- palavras imaginárias -
porque o corpo não profere palavras
há de se amar
comer
ferir
amar novamente
e morrer
- sem data, razão ou pressa -
no pequeno suicídio
silencioso
do sepulcro do teu corpo.
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