Foi no quarto 214 que se apresentaram. Como se estivessem começando ali o que havia sido antecipado de outra forma. A intimidade espalhava-se pelas paredes feito tinta, galopando alucinada pelas veias. Ele dizia o quanto a desejava cada vez que lhe acertava o rosto com força, cada vez que sentia como ela era macia por dentro, como era quente, como ficava molhada com aqueles castigos de amor. E a fazia de puta e chamava de anjo naquele joguete de horas infinitas de gozo e garganta ardida de grunhir-gemer-gritar. E ela se abria com qualquer possibilidade de proximidade do meio de suas coxas, como se estivesse condicionada a obedecer ordens de coito a todo e qualquer instante. Queria uma definição para aquele sentir sem nome, para aquela fúria vermelha e encharcada e dolorida e vulcânica.
Desejava - no meio de seu transe gozoso psicótico - que ele fosse extremamente cruel - desejava que ele a matasse impiedosamente na cama do quarto 214.
Queria morrer no quarto 214.
2 comentários:
Nãããããoooo tia, não morre nããõoo, rssss!!!
Essa história além de continuar, virou um belo conto, parabéns! ;)
Bjs!
ela queria morrer de prazer!
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