para H.
A cada nome que dou ao que sinto, ao que me fazes, balbucio um outro nome - o teu nome - no meio da minha bagunça e das minhas verdades. E te arrasto em minha correnteza doce e abundante, entre tempestades e sorrisos e loucuras. E me recrio em línguas e pele e me faço gato. Gemes desejos. Estremeces beleza. Concretizas tuas ameaças não proferidas em língua - somente em linguagem - e me mostras que a dor morreu antes que me ferisses a carne, antes que me dissesses nomes que não ousarias em outros tempos. Sentimo-nos renascidos novamente dessa puta parideira chamada Vida, tentando dar nome ao que acaba de acontecer, às marcas que me deixas no corpo, ao sono que se perde no encontro, ao que dizemos em silêncio. E em meio a tudo isso, todos os nomes parecem pequenos, espaços finitos, desalinhos. Sigo, então, oceânica. E tu, marujo, navega-me agora sem bússola, guiando-te apenas pelas estrelas.
6 comentários:
teria dedicado cada minuto pra poder escutar um terço disso...
Tens o nome que procuramos nomear em desalinho...
Dota o toque e a discrepância do saber. Adorei suas palavras... Parabéns!
Posso dizer que cada minuto tem um valor imensurável...
Fico feliz que tenha gostado, Tati. Considere-se muitíssimo bem vinda por aqui.
eu amo vc...letrinha por letrinha... (saudade)
Ah, Nah... tb te amo, nega...
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