Oferto a ti meus delitos de amar - minha carnificina. A delinquência incontrolável que me prostra aos teus pés, tua cintura. E me farejas sacrifício e rosnas doces brutalidades e glutonices, porque tua fome é o que busca minha carne mercenária. E tu me sentes pronta na ponta de tua língua vibrante, no silêncio ensurdecedor dessas madrugadas ao meio-dia, meia-tarde, meia-noite. Eu te faço engasgar na própria fome, soluçar com a própria saliva enquanto te banqueteias em mim - inteira carne, pele e vísceras. E te farto de peito aberto e coxas escancaradas, borrada de vermelho na imensidão da mesa vazia. E meus olhos suicidas te atiçam o comedimento e te florescem a crueldade que nasce na penúria de quem deseja: espetáculo feroz de tua virilidade.
2 comentários:
Delicia isso tudo aqui, faz falta tuas palavras na blogsfera!
beijos nega, ARRRRAAAAZZZZOUUUU TUDOOOOOOOOOOOOOOOOOOO! A.D.O.G.O!
Sensacional. Muito bom. Ninon once, Ninon always.
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