Palavras à deriva
mar sob os pés
e nuvens por dentro das pálpebras.
Falares fluidos, desconexos,
polissemias bailantes
cheias de si
- verdades e temores -
certezas do infinito que não há,
do futuro que não chega,
do passado que não parte.
O grito que vibra
o choro que rompe
o gemido que corta
a palavra que fere.
Falares mudos,
pensares úmidos
e pulsantes.
Olhares perdidos
entre súplicas mal entendidas
e desejos em carne viva.
Verdade. Mentira.
Qualquer punhado de vida.
2 comentários:
Esse desespero por um punhado qualquer de vida e a saudade estão conosco desde sempre e mesmo assim às vezes o que é mais simples fica confuso. Então, para evitar falares, só vou te dizer o seguinte:
Eu te amo, você é a mulher da minha vida, a mulher com quem eu casaria, a mulher com quem eu teria meus filhos, a mulher que quero envelhecer junto, minha mulher.
Gosto dessa sua mania de me arrebatar às duas da manhã, no meio do meu sono, pra dizer que me ama... e às oito, no começo de uma terça-feira chata e cinza e cheia de chuva... pra eu ter certeza de que tudo vale a pena... se for com você...
Poderia dizer um monte de coisas agora... mas vou ficar em silêncio e continuar sorrindo por dentro... porque só você sabe o que os meus silêncios querem dizer...
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