Cá estamos no terceiro ciclo dos quarenta e poucos, apostando na lisura astrológica e confiando na intervenção da flecha certeira, com o alvo estampado na testa - ou no peito? - e contando o tempo, esse canalha. Escafandristas e astronautas apresentam-se nus à missão em terreno desconhecido. Marte e o sexto oceano vibram. O radar não identifica obstáculos e aponta latitude, longitude, hora e minutos para o cumprimento da missão. E há uma colisão em curso com a força atômica não calculada desafiando exatidões. Agora ou mais tarde? Trinta e um ou catorze? Inícios e meios sem fim. Atlantis e seus habitantes esperam por nós. Chiclete de menta e barba cheirando a madeira ralada e beijos. Uma cortina de chuva se interpõe entre a janela e o mundo, entrelaçando quereres. Frio na espinha com o morro verde a ser lambido pela água.
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