Marie chorava. Chorava quando estava feliz, chorava quando a tristeza a envolvia. Chorava quando voltava a ser menina, chorava quando desejava demais e o mundo girava contra sua vontade. Mas chorava sozinha no canto escuro do quarto, onde os soluços não podiam ser ouvidos pelos homens, apenas pelos anjos. Naquela noite, Marie chorou porque o céu ficou escuro e turvo, fazendo com que as estrelas desaparecessem. Marie não sabia viver sem contar estrelas à noite. O céu também havia ficado triste e ele mesmo chorava no meio da escuridão. A lua, cheia e formosa, escondeu-se. O céu ficou deserto. Mas Marie sabia que o sol, amante da lua, surgiria em algumas horas e faria o céu brilhar novamente no dia rosado e azul que amanheceria.
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