essa fome desgovernada,
a gana compulsória de partida,
o desastre de ser entre sóis
e calores e bons dias maus.
Dos surtos de ser rebenta
o rachar de lábios sem saliva,
a pulsão de roçar a barriga
em quenturas distâncias alturas
quente longe alto.
Dos surtos do espelho rebenta
a besta de dentes limpos
a querer pousar corpo e língua
ao lado direito da cama
lado esquerdo do corpo
no refúgio secreto de pálpebras
pelas milhares de horas
que não foram.
E dos surtos de estar rebenta
a saudade
de desencontros enganos,
e me banhar em transes fetiches
- loucura.
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