A caneta, o papel, os malditos vocábulos. A bebida, o cigarro, as dúvidas sobre quem sou e as certezas sobre o que quero. A alma é leve; o coração é pesado, indecente, combustível. Quero o amargo e o doce, o veneno e o antídoto, todas as contradições. Quero escrever e já disse tanto, mas agora o muito é pouco. Que venha o tudo, então.
Postado por Nina
4 comentários:
o.O
Tenho vergonha de escrever quando leio alguns textos seus!
Não devia...
Você sabe que escreve muito bem... tão bem que chega a assustar às vezes...
É incrível como a leitura exige paciência e concentração. Agora que li esse post, com calma, pude perceber o quanto ele diz. Adoro as contradições, os extremos, embora possa soar absurdo, não há nada mais humano, mais sensível, mais verdadeiro do que a dúvida, do que a angústia, do que a ferida que dói e não se sente.
E, também, me identifiquei com esse post porque ele traduz muito o meu estado de espírito quando me sento pra escrever. Eu preciso domar cada idéia, laçar, pesar os vocábulos. Essa luta dura, cansa o corpo e a mente, mas a alma se torna leve e apaziguada quando consigo terminar o que comecei.
É exatamente isso. Entende pq gosto tanto de Clarice?
Escrever é uma agonia deliciosa...
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