Olha.
Diz em voz alta teus pensares.
Não me julgues os maus modos,
o escárnio, o palavreado maledicente,
minha embriaguez constante.
Não censures minha boca de puta,
minhas não-vergonhas,
a carne vertigem vibrante.
Olha minhas profundezas,
meus abismos,
essa escuridão que me toma repetidamente
e fulmina meus esgares
grunhidos
arfares.
Lava minhas obscenidades caudalosas com tua língua.
Afoga-te, inferno: engole-me inteira.
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