Dos destroços atravancados pelo caminho, surgem-me doçuras de dias passados. A cor indecifrável que te pintava os olhos. A morte inesperada - afinal, quem espera a morte? As danças prometidas em bailes mudos. A paz remoldada em turbulência arredia e salgada. Porta-retratos virados para as paredes encardidas da memória. Os dias ensolarados de saudades e presenças. O mar revolto. As tempestades sequestradoras de sonhos bonitos - porque o mau tempo eventualmente é algoz de alguma beleza azulada. Uma história bonita sem happy end. Nem toda história precisa de final feliz pra ser contada pelo tempo que a memória permitir. Porque sempre fomos criaturas mais de meios do que de fins. Inteiras enquanto estivemos lá. Prontas a continuar [inteiras] - outras histórias. Ponto final.
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