na terra do chão do teu cômodo
suspiro louca
no escuro que há dentro de nós
no inferno que nos consome
entranhas e adornos
desfaço-me em ti
- meu querer apocalíptico.
tua saliva quente me conta tuas sandices de amar
tuas animalices
segredos homicidas, glutonices e pavores
ardências monstruosas e desmedidas
língua tua, minha carne exposta
teus dentes a me desenhar brutalidades
e rosnar desejos
de corpos vulcânicos
em chão frio
em manhã de Primavera.
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