não uma criança
mas um pai
um homem que nasce
na esperança de ser
presença, espírito, força.
grito primal
traz à vida
essa vida velha
cansada
renovada e renascida
parida do ventre
que ele mesmo fecundou
quando tudo era silêncio,
miséria, solidão.
Quando tudo era amor.
quando tudo era silêncio,
miséria, solidão.
Quando tudo era amor.
Um comentário:
Muito bonito. Difícil ver alguém falar em paternidade, muito menos ler. Agora, ler uma mulher escrevendo com um eu-lírico masculino sobre paternidade e fazer isso assim, tão bem, só podia ser mesmo você.
Parabéns, ficou muito bom.
Postar um comentário