Há dias em que os nossos demônios são de uma crueldade assustadora.
Aprendi a conviver com o meu. Mas quando o outro me mostrou o seu demônio, senti medo. Muito medo.
Foi a primeira vez que isso aconteceu. Porque demônios nunca me assustaram. Nem os alheios. Mas aquele, especialmente, me causou um medo aterrador. O motivo era simples: eu o amava tanto que não pensei que ele também carregasse o inferno em si.
Sentei-me no canto do quarto, abracei as pernas e balancei o corpo para frente e para trás, enquanto a música ia me acalmando, aos poucos, esperando que ele fosse embora...
Não conseguia imaginar como seriam as noites sem ele, o gigante com olhos de menino...
Um comentário:
O terror nos seus olhos fez o inferno tremer. E o meu Cérbero cuidou para colocar o demônio em seu devido lugar.
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