Chorei ao ler Alma Welt. Há poucos dias descobri o corpo alvo pintado inúmeras vezes por Guilherme de Faria.
Há fragmentos de Alma em mim. Além de Nina, Marie, Genevieve, Juliette, Amèlie, Ninon, Isabeau, Clarice Lispector, Simone de Beauvoir, há a - até então - minha desconhecida, porém tão íntima, Alma Welt. E a poetisa afagou meu espírito com calor e inquietude, entorpecendo-me com fonemas em forma de sonetos. E agora carruagens, luas pálidas, sombras e aromas fazem mais sentido do que antes, na minha cega ignorância e inobservância.
Os sentidos retorceram-se do horror da ausência de quem não conheci - mas parece-me tão próxima - e os pés deixaram o chão, num sonho lúcido e cristalino, onde o ópio são os registros da íntima e palidamente irresitível Alma Welt.
Um agradecimento especial a Guilherme de Faria, o pintor, escritor e cordelista que me introduziu - aos prantos - a beleza de Alma.
2 comentários:
Querida Nina
Chorei eu ao saber-te chorar. Por ti, por nós, pela branca Alma. Que doce és tu, minha guria! Sim, só podias sentir tanto assim a Alma, mesmo que tardiamente, postumamente! Tens tantas almas, pelo visto... Assim são os poetas. Nina, Marie... O fingidor sincero, Alma do Mundo, Anima mundi...
Sou grata por descobrires nossa doce poetisa e acolheres seu pranto no teu blog, no teu seio.
Leste a Alma, ela já é tua.
Um beijo profundo
da tua Lu
Querida Lúcia,
Alma tocou-me de modo inexplicável: pude sentí-la por baixo de minha pele...
Sigo fragmentada, contendo as lágrimas e guardando a saudade... levando comigo um pedaço de Alma Welt.
Obrigada, querida Lúcia.
Beijo doce
Nina
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