Não sou pessoa frágil, dessas que adoecem a cada brisa fria recebida no rosto. Não, não sou assim. Não adoeço porque o corpo é fraco ou a imunidade é baixa. Não, não dessa forma: meu corpo é ótimo, minha imunidade idem (apesar de ser uma grande controvérsia se levarmos em consideração que meus hábitos não são os mais saudáveis).
O que me deixa doente - e muito doente - são as pessoas. O que me deixa doente é a falta de caráter. O que me deixa doente é o descaso. Nesse ponto eu sou frágil: meu corpo sucumbe às minhas ideologias, ao meu inconformismo, às minhas indignações. Meu corpo sucumbe ao "emputecimento" momentâneo com graves consequências. Meu corpo é uma máquina alimentada e lubrificada pelo espírito.
O que me deixa doente é essa raça que se diz superior e inteligente, que se mata por nada, que jura por nada, que mente por nada. Deixa-me doente o ar blasé de quem não tem chão, rumo, verdade, respeito. O que me deixa realmente doente são esses pequenos fantoches animados, porque na verdade, o mundo é um lugar muito bom de se viver.