domingo, 26 de dezembro de 2010

poemeto à madrugada insone

na calada da noite
eu me rendo ao silêncio
da noite calada
silêncio de sons noturnos
onde se ouve tudo e nada
ouve-se a noite, apenas.

respirares
surtos
medos
gemidos
é tudo que se ouve
no silêncio da noite calada.

onde o medo de escuro
se transforma em medo de nada.

e o vento morno
invade minha madrugada
quando todas as luzes se apagam
as vozes se calam
deixando memórias invisíveis
no silêncio da noite calada.

2 comentários:

  1. minhas madrugadas tem sido de poesia a distância, álcool, solidão e um sono que não é meu. gosto da escuridão, cega meus olhos e não vejo as fotos, livros, discos e uma porção de objetos que me lembram uma porção de coisas que não estão mais próximas de mim. a noite calada me vela e minha cabeça a mil me afoga. quando olhar para a noite, lembre-se de que não está só.

    belo poema!

    Bjos

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  2. Isso é mal de gente que escreve, que é sensível.

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