domingo, 22 de junho de 2008

homenagem póstuma a uma íntima desconhecida...

Chorei ao ler Alma Welt. Há poucos dias descobri o corpo alvo pintado inúmeras vezes por Guilherme de Faria.
Há fragmentos de Alma em mim. Além de Nina, Marie, Genevieve, Juliette, Amèlie, Ninon, Isabeau, Clarice Lispector, Simone de Beauvoir, há a - até então - minha desconhecida, porém tão íntima, Alma Welt. E a poetisa afagou meu espírito com calor e inquietude, entorpecendo-me com fonemas em forma de sonetos. E agora carruagens, luas pálidas, sombras e aromas fazem mais sentido do que antes, na minha cega ignorância e inobservância.
Os sentidos retorceram-se do horror da ausência de quem não conheci - mas parece-me tão próxima - e os pés deixaram o chão, num sonho lúcido e cristalino, onde o ópio são os registros da íntima e palidamente irresitível Alma Welt.
Um agradecimento especial a Guilherme de Faria, o pintor, escritor e cordelista que me introduziu - aos prantos - a beleza de Alma.

2 comentários:

  1. Querida Nina
    Chorei eu ao saber-te chorar. Por ti, por nós, pela branca Alma. Que doce és tu, minha guria! Sim, só podias sentir tanto assim a Alma, mesmo que tardiamente, postumamente! Tens tantas almas, pelo visto... Assim são os poetas. Nina, Marie... O fingidor sincero, Alma do Mundo, Anima mundi...
    Sou grata por descobrires nossa doce poetisa e acolheres seu pranto no teu blog, no teu seio.
    Leste a Alma, ela já é tua.
    Um beijo profundo
    da tua Lu

    ResponderExcluir
  2. Querida Lúcia,

    Alma tocou-me de modo inexplicável: pude sentí-la por baixo de minha pele...
    Sigo fragmentada, contendo as lágrimas e guardando a saudade... levando comigo um pedaço de Alma Welt.
    Obrigada, querida Lúcia.

    Beijo doce
    Nina

    ResponderExcluir