Com um sorriso frio e transtornado, aquietou-se. Levantou e limpou as mãos nas próprias pernas. Havia passado tanto tempo que as manchas vermelhas já estavam secas nas mãos e braços. Precisava se lavar, sentir-se limpa novamente, exorcisar o demônio (ou demônios) dentro da alma.
Caminhou para fora da casa, onde outrora houvera um lago. Despiu-se e sentou no chão. Os olhos arderam e a boca provou a amargura de seus próprios pensamentos. A lua, vermelha como suas mãos, acolheu suas súplicas. Foi então que notou que tudo ao redor estava seco e cinza, tão seco e frio como ela própria, por dentro.
Não havia mais nada a ser feito. Bastava esperar. Ferira mortalmente quem mais amava e agora podia esperar a própria morte, doce e pacífica, alcançar-lhe.
Sabia, de alguma forma, que estariam juntos novamente.
Postado por Nina
Belíssima imagem e sua interpretação dela também, tocante. Mas aquele peixe me fez lembrar do Sagax. Vamox pexcar piavax?
ResponderExcluirSó se pudermox pexcar muitax piavax...
ResponderExcluirhahahaha!
Bela interpretação mesmo, mas sou suspeito pra falar. Psicose e sangue são minhas praias literárias, rs.
ResponderExcluirAcho que estou começando a seguir um caminho parecido...
ResponderExcluirEstes últimos posts não me parecem nada bonitos...