Há muitas vestes sobre o corpo. Os tecidos tornam-se desnecessários e inconvenientes. Meus olhos cerram-se e os lábios contraem-se quando a outra voz vibra mansa dentro do quarto. É lento, dançante, coleante, e o serpentear de dedos nas alças finas segue o ritmo da voz que sussurra versos musicais. Sinto-me leve e livre daquela outra roupagem. Os pêlos dourados do ombro nu arrepiam-se. Sinto que há algo dentro de mim e é dessa sensação que sinto urgência em falar. Não é o sexo dentro do meu; é a outra alma fundida na minha, inteira, saliente, impetuosa. Há dois mundos diferentes aqui dentro, e com eles, um universo de possibilidades. É o paralelo entre o toque e o intangível, o som e o silêncio, a luz e a escuridão.
E é assim, despida de roupas que não são minhas, que me cubro de você: seus pêlos roçando minha barriga, suas mãos cobrindo meus seios, sua barba contando segredos aos meus ouvidos. Os cachos misturam-se, as línguas enroscam-se, os sexos desprendem-se.
Sua alma suspira dentro da minha. Teus pêlos me aquecem o corpo.
Você, minha segunda pele.
E é assim, despida de roupas que não são minhas, que me cubro de você: seus pêlos roçando minha barriga, suas mãos cobrindo meus seios, sua barba contando segredos aos meus ouvidos. Os cachos misturam-se, as línguas enroscam-se, os sexos desprendem-se.
Sua alma suspira dentro da minha. Teus pêlos me aquecem o corpo.
Você, minha segunda pele.
Postado por Nina
Minha pele total. Cumplicidade, intimidade, comunhão. Simplesmente lindo.
ResponderExcluirÉ essa danada da minha alma que insiste em querer entrar na sua, estar dentro da sua pele...
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